sábado, 19 de janeiro de 2008

La Fontaine

Quem foi o francês Jean de La Fontaine, autor de fábulas que atravessam séculos?

Jean de La Fontaine. Nasceu a 13 de julho de 1621 na cidade francesa Château-Thierry, na região de Champagne. La Fontaine não ouviu o pai na hora de decidir o seu futuro profissional. Estudou e completou o curso de direito, mas ser advogado não era a sua vocação. Pensou em ser padre, entrou para um seminário e, pouco mais de um ano depois... desistiu! Aos 26 anos, La Fontaine estava casado. Onze anos depois, separou-se e foi viver em Paris. A sua sensibilidade despertou-o para a literatura e, com o apoio de mecenas, homens ricos que patrocinavam os artistas, dedicou-se às letras. Começou por escrever poemas. A sua primeira obra importante como escritor foi publicada em vários volumes a partir de 1665. Chamava-se Contos e destacava-se pela narrativa provocativa, cujo objectivo era divertir o leitor. O primeiro dos volumes recebeu o nome de Novelas em versos extraídos de Bocaccio e Ariosto. O último livro dessa série foi finalizado em 1667. Mas La Fontaine não parou por aí! Inspirado nas literaturas clássica e oriental, ele começou a escrever fábulas, isto é, histórias em que os animais são personagens que representam os seres humanos e as suas manias. Na Antiguidade, o fabulista mais famoso foi o grego Esopo. E foi em Esopo que La Fontaine se inspirou para escrever suas histórias. A série Fábulas foi publicada entre 1668 e 1694, totalizando 12 livros de contos, como "O lobo e o cordeiro", "A cigarra e a formiga" ou "O corvo e a raposa", entre outros.
Em 1684, La Fontaine foi nomeado membro da Academia Francesa por ter feito do classicismo francês uma das mais belas expressões literárias da época. Doze anos mais tarde, já bastante doente, decidiu resgatar seu interesse pela religião. Pensou em escrever uma obra sobre a fé, mas não chegou a fazê-lo. Morreu em 13 de abril de 1695, em Paris, deixando para as gerações futuras várias lições sobre a condição humana. Na introdução da sua primeira edição de Fábulas ele diz: "Sirvo-me de animais para ensinar os homens. Procuro tornar o vício ridículo por não poder atacá-lo com braço de Hércules. Algumas vezes oponho, através de uma dupla imagem, o vício à virtude, a tolice ao bom senso... Uma moral nua provoca o tédio. O conto faz passar o preceito com ele; nessa espécie de fingimento, é preciso instruir e agradar, pois contar por contar me parece de pouca monta."

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