quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Vem aí o Zé das Moscas
O Zé das Moscas andava sempre com as moscas atrás dele a zumbirem. Zzzzzz, zzzzz... e já não podia mais! Um dia, decidiu que tinha de resolver o seu problema e lá foi ele à procura da cura.
Foi falar com várias pessoas importantes na sociedade: o médico, o comandante da polícia, o advogado e o veterinário, mas nenhum destes o conseguiu ajudar, pelo contrário parecia que até se riam dele, em vez de o tentarem ajudar a encontrar uma solução para o problema dos zumbidos.
O veterinário disse-lhe para procurar a ajuda do juiz da cidade. Podia ser que ele lhe resolvesse o problema. Quando chegou ao pé do juiz, explicou-lhe a situação, mas este já sabia o que se passava, pois tinha acabado de almoçar com as pessoas a quem o Zé já tinha recorrido, e que o informaram de tudo.
O juiz aconselhou-o a matar as moscas e passou-lhe até uma licença, onde o autorizava a matá-las, uma vez que não se deve fazer isso, pois isso é um crime e pode-se ir preso.
O Zé das Moscas ouvia sempre o que as outras pessoas diziam e aconselhavam e fez o que o juiz lhe disse. Assim, como viu uma mosca em cima da cabeça do juiz, matou-a. Acabou por deixar o juiz a ouvir os zumbidos e ele curou-se.
Resumo elaborado por Luís Caetano 6ºB
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Sherazade e o rei Shahryar
Ficou tão zangado que todos os dias, Shahryar casava-se com uma bela e jovem mulher e, no dia seguinte, mandava-a decapitar.
Shahryar também casou com Sherazade, a lindíssima filha do vizir.
Decidida a não morrer às mãos do rei, Sherazade fez um plano para se manter viva e escapar à execução.
Assim, na noite de núpcias, Sherazade contou uma intrigante e apaixonante história ao rei.
Mas o amanhecer chegou sem que ela tivesse acabado de contar a história e, como esta se encontrava no seu apogeu, o rei decidiu esperar pela noite seguinte para saber o desfecho.
Acontece que, na noite seguinte, Sherazade terminou de contar a história. Mas rapidamente encadeou nessa uma outra história ainda mais fascinante.
E assim, noite após noite, Sherazade contava todas as histórias que conseguia inventar e, quando o Sol anunciava o nascer de um novo dia, ela terminava o seu relato, mas sempre de forma a manter o rei interessado na noite seguinte.
Mil e uma noites correram, cada uma com uma história diferente. Quando Sherazade esgotou a sua fonte de imaginação, já o rei Shahryar se tinha apaixonado por ela.
E assim viveram felizes pelo resto das suas vidas.
Foi desta forma que nasceram as histórias das Mil e Uma Noites...
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
As orelhas do abade
- Fuja, senhor abade, que o meu homem jurou que lhe havia de cortar as orelhas, e isto das perdizes foi um pretexto para cá o pilhar.
O abade não quis ouvir mais, e ele por aqui me sirvo.
O marido chega, e diz-lhe a mulher:
- O abade aí veio, viu as perdizes, e não queria esperar mais por ti, pegou nelas ambas e foi-se embora.
O homem vem à porta da rua, e ainda vê o abade fugindo, e começa a gritar:
- Ó senhor abade! Pelo menos deixe-me uma.
- Nem uma, nem duas! - respondeu ele lá de longe.
Teófilo Braga
terça-feira, 18 de novembro de 2008
O Milagre das Rosas- Desafio
Um dia, o rei decidiu surpreender a rainha numa das suas habituais caminhadas para distribuir esmolas e pão aos necessitados. Reparou que ela procurava disfarçar o que levava no regaço. D. Dinis perguntou à rainha onde ia e ela respondeu que se dirigia ao mosteiro para ornamentar os altares. Não satisfeito com a resposta, o rei mostrou curiosidade sobre o que ela levava no regaço. Após alguns momentos de atrapalhação, D. Isabel respondeu: "São rosas, meu senhor!". Desconfiado, o rei acusou-a de estar a mentir, uma vez que não era possível haver rosas em Janeiro. Obrigou-a, então, a abrir o manto e revelar o que estava lá escondido. A rainha Isabel mostrou, perante os olhos espantados de todos, as belíssimas rosas que guardava no regaço. Por milagre, o pão que levava escondido tinha-se transformado em rosas. O rei ficou sem palavras e acabou por pedir perdão à rainha que prosseguiu com a sua intenção.
A notícia do milagre correu a cidade de Coimbra e o povo proclamou santa a rainha Isabel de Portugal.
Olá meus amiguinhos!
O desafio desta semana consiste em ler atentamente a lenda "O milagre das Rosas" e fazer uma ilustração para a mesma. Entrega-a à professora Rita Batista ou faz o teu desenho, digitaliza-o e envia-o por mail para
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Lenda do Galo de Barcelos
Conta a lenda que todos andavam muito assustados em Barcelos por causa de um crime que lá se tinha passado. É que o criminoso ainda não tinha sido descoberto e isso deixava as pessoas com medo.
Certo dia, apareceu na zona um galego (espanhol da região da Galiza) que passou logo a ser o principal suspeito. As autoridades acharam que era ele o culpado pelo crime e prenderam-no.
O galego defendeu-se, dizendo que ia a caminho de Santiago de Compostela para pagar uma promessa, mas ninguém acreditou nele...
Com toda a gente contra o galego, e ele sem poder provar que estava inocente, acabou por ser condenado à forca.
Como última vontade, o galego pediu que o levassem até ao juiz que o tinha condenado. Quando o galego chegou a casa do juiz, ele estava a deliciar-se com os amigos com um grande banquete. Voltou a dizer que estava inocente, mas, mais uma vez, ninguém acreditou nele...
Então, o condenado reparou num galo assado que estava numa travessa na mesa, prontinho para ser comido, e disse:- É tão certo eu estar inocente como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.
Todos se riram da afirmação do homem mas, mesmo assim, resolveram não comer o galo.Mas, quando chegou a hora de enforcarem o galego, na casa do juiz o galo assado levantou-se e cantou.
Afinal, o homem estava mesmo inocente!
O juiz correu até ao sítio onde ele estava prestes a ser enforcado e mandou soltá-lo imediatamente.
Passados alguns anos, o galego voltou a Barcelos e mandou construir um monumento em louvor à Virgem e a São Tiago para lhes mostrar o seu reconhecimento.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
E um dia aconteceu...
No reino da Pasmaceira nada acontecia.
As pessoas faziam todas os mesmos gestos, as mesmas expressões, tinham os mesmos sorrisos, num hábito sonolento e mole. O Rei dava sempre as mesmas audiências, as mesmas ordens aos mesmos ministros, que as aceitavam em reverências servis, sempre iguais, sempre as mesmas.
A certa altura começaram a acontecer coisas extraordinárias. Foi como que uma lufada de ar fresco, que agitou tudo e todos.
Apareceu uma mosca pintada no imponente nariz do retrato de Senhor Comendador, o que surpreendeu e escandalizou toda a gente.
O capachinho do boticário, por vezes levantava e baixava como um chapéu, cumprimentando para a direita e para a esquerda, perante a aflição do pobre homem, que não sabia como sair de tal situação, enquanto os que por ele passavam, riam a bom rir.
No coro da igreja, a Elsinha desafinou várias vezes, ela que tinha sempre a voz tão afinadinha!...
No açucareiro do sapateiro, em vez de açúcar apareceu sal!...
Quem seria, quem não seria, toda a gente andava intrigada e desejosa de descobrir o autor das proezas, mas por mais esforços que fizesse, nada conseguia.
Com todos estas situações imprevistas, o interesse geral pelo desenrolar dos acontecimentos era cada vez maior e as pessoas, quando se encontravam nas ruas comentavam esses estranhos acontecimentos.
Chegaram a marcar reuniões para se discutir o que tinha acontecido e o que poderia talvez vir a acontecer.
As crianças nas suas brincadeiras, tentavam imitar essas “partidas”, o que lhes dava mais vivacidade.
Um dia, o rei encontrou um rato no sapato. Deu-lhe um pontapé e, os criados ao verem o bicho às cambalhotas no ar fugiram atrapalhados, receando que lhes caísse em cima, enquanto os ministros, que esperavam para serem recebidos, riam a bom rir...
E foi a vez de o rei soltar sonoras gargalhadas.
A que se devia, afinal, esta transformação radical no reino da Pasmaceira?
Um mini duende, pequenino como uma abelhinha, tinha resolvido fazer das suas...
E enquanto, o rei mandava decretar que a partir desse dia o reino passaria a chamar-se Reino da Alegria ela, escondida entre as pétalas duma rosinha, ria, ria, ria...
Renata Gil
In Boletim Cultural da Fundação Calouste Gulbenkian
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
A avó Cremilde
E é sempre uma surpresa, uma linda surpresa, o que surge das mãos da avó Cremilde. Porque nunca se vê o trabalho antes de terminar e as medidas estão sempre certas. Nem grandes demais, nem pequenas. Tudo exactamente como é preciso.
De todos estes trabalhos sobram novelinhos que a avó Cremilde guarda na caixa de sapatos, muito apertadinhos uns contra os outros, por serem tantos já.
E os netos da avó Cremilde e os pais deles sentem-se felizes, vestidos com abafos de lã feitos por ela.
Quem não se sente lá muito contente são os restos de lã. Eles todos, que tinham julgado ir fazer parte das blusas, das camisolas, dos gorros, das luvas, das mantas e das botas, encontram-se ali tristes, guardados.
Cada vez chegam mais pequenos novelos. Pretos, cinzentos, vermelhos, rosa, cremes, laranja, roxos...
Cada vez que a tampa se ergue, eles ficam à espera, à espera de sair da caixa; mas é sempre mais um pequeno novelo que vai cair no meio deles. São já tantos que a avó Cremilde tem de os apertar bem apertadinhos...
Um dia, a caixa sentiu que tampa era levantada uma vez mais.
Os novelos já não se interessaram. Devia ser mais um a vir fazer-lhes companhia.
Mas ouviram uma voz de criança exclamar:
- Tantos, tantos, avó, parece o arco-íris...
E calou-se. A avó Cremilde ficou a olhar os pequenos novelos. A olhar, muito calada.
A Inês disse:
- Que foi, avó?
- Nada, minha querida, vai brincar; a avó já vai.
A Inês saiu a correr. A avó Cremilde ficou a olhar, a olhar os novelos. Depois riu-se.
Pegou na caixa destapada. Os novelos, sem perceberem nada, sentiram-se despejados sobre a mesa da sala de costura. A avó Cremilde já tinha ali à mão as suas queridas agulhas.
Escolheu, escolheu as cores, os tamanhos e colocou-os todos arrumadinhos, lá numa ordem que só ela sabia para que servia. E desatou a trabalhar.
Trabalhou toda a tarde e em outras tardes. O que ela estava a fazer, ninguém sabia, como sempre.
Mas, no outro fim-de-semana, quando a Inês voltou a casa da avó e pediu: “Eu queria ver outra vez a caixa das lãs que parecia o arco-íris...”, a avó Cremilde mostrou-lhe a caixa vazia, mas mostrou-lhe também uma boina, um casaquinho e umas luvas de muitas e bonitas cores bem combinadas.
- Oh, avó, tão lindo!...
A Inês, mesmo com cinco anos, compreendeu. Viu que o arco-íris de lã passara da caixa para a boina, o casaco e as luvas.
E, quando a avó lhe disse que aquilo era para ela, ficou tão contente que beijou muitas vezes o rosto engelhado e feliz da avó Cremilde.
Mas, contentes, muito mais contentes que a Inês e a avó, estavam todos os restos de lã por terem saído da caixa de sapatos e se sentirem úteis, transformados naquela boina, naquele casaco e naquelas luvas realmente tão alegres e bonitas, parecendo o arco-íris, tal como, uma semana antes, a Inês afirmara.
Margarida Ofélia,
História de Uma História e Outras
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Lenda-A Padeira de Aljubarrota
O dia 14 de Agosto de 1385 amanheceu com os primeiros clamores da batalha de Aljubarrota e Brites não conseguiu resistir ao apelo da sua natureza. Pegou na primeira arma que achou e juntou-se ao exército português que naquele dia derrotou o invasor castelhano. Chegando a casa cansada mas satisfeita, despertou-a um estranho ruído: dentro do forno estavam sete castelhanos escondidos. Brites pegou na sua pá de padeira e matou-os logo ali. Tomada de zelo nacionalista, liderou um grupo de mulheres que perseguiram os fugitivos castelhanos que ainda se escondiam pelas redondezas. Conta a história que Brites acabou os seus dias em paz junto do seu lavrador mas a memória dos seus feitos heróicos ficou para sempre como símbolo da independência de Portugal. A pá foi religiosamente guardada como estandarte de Aljubarrota por muitos séculos, fazendo parte da procissão do 14 de Agosto.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Lenda Árabe
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
O Cacete Mágico
Há muitos anos, um pai mandou o filho correr o mundo para ter dinheiro porque eles eram pobres.
O menino foi ter a casa de um carpinteiro e aí começou a trabalhar.
O rapaz ficou lá a trabalhar uns tempos.
O menino teve saudades do pai e quis voltar para casa.
O carpinteiro deu-lhe uma mesa mágica.
O menino viu que era uma longa viagem e resolveu dormir numa estalagem.
Quando o menino chegou à estalagem, mostrou a mesa mágica a toda a gente.
Entretanto, ele foi dormir e o homem da estalagem trocou a mesa mágica por outra mesa semelhante.
Passado algum tempo, o rapaz chegou a casa e deu muitos beijinhos e abraços ao seu pai.
O rapaz ia tão feliz para mostrar a mesa e as maravilhas que ela fazia.
Ele estava muito entusiasmado e disse muitas e muitas vezes as palavras mágicas mas a mesa nunca dava nada.
Então, ele decidiu pedir auxílio ao carpinteiro.
Algum tempo depois o rapaz chegou ao seu local de trabalho.
Aí, ele contou ao carpinteiro tudo o que lhe tinha acontecido.
O carpinteiro deu-lhe um saco roxo e disse:
-Só abres o saco na estalagem.
Saindo da casa do carpinteiro, o rapaz andou muito até ficar cansado e decidiu ir dormir na estalagem.
O rapaz foi tomar uma bela banhoca à casa de banho da estalagem. Depois de se lavar, foi lavar os dentes.
Todo contente, foi para a sua bela caminha vestir o seu pijama com bonequinhos e deitou-se.
Passado um tempinho, ele adormeceu.
Assim que ele adormeceu, o senhor da estalagem entrou muito silencioso para o quarto.
A seguir, ele pensou que no saquito roxo, havia grandes riquezas.
Abriu o saco e saiu de lá um cacete mágico que lhe bateu.
O rapazinho acordou e deu conta de tudo.
O senhor da estalagem, sem hesitar, contou a verdade:
-Há dias troquei a tua mesa por a minha porque a tua fazia- me comida com a sua magia e agora abri o saco roxo, de lá saiu um cacete.
Depois, o rapaz voltou para casa com a sua mesa mágica.
E trouxe o cacete mágico dentro do saco roxo.
O pai do menino que era alfaiate, com o dinheiro que ele gastava para comprar a comida, agora seria para outras coisas e quando fosse preciso comida o rapaz dizia as palavras mágicas e a mesa enchia-se de iguarias.
Depois de leres o conto, copia este link
e joga.