quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Título - "Graças e desgraças da corte de El-Rei Tadinho”
Autora - Alice Vieira
Ilustradora - Teresa Dias Coelho
Colecção - “Obras de Alice Vieira”
Número de edição - 15º
Editora – Caminho
Indicações biográficas da autora
Ano de nascimento – 1943
Local de nascimento – Lisboa
Profissão - Escritora e Jornalista
Algumas obras da autora – “Rosa, minha irmã Rosa”; “A espada do rei Afonso”; “Águas de Verão”; “Paulina ao piano”; “A lua não esta à venda”; “Caderno de Agosto”; “Se perguntarem por mim digam que voei”...
Resumo da obra
Era uma vez um rei que se chamava Tadinho. Certo dia, apareceu, no castelo, o Dragão do reino a reclamar porque el-rei Tadinho tinha dito que quem o matasse podia casar com a princesa, sua filha. El-rei Tadinho, sem saber o que se passava, chamou o conselheiro. Este disse que tinha sido ele a dizer isso. O dragão ficou muito ofendido e pediu uma compensação. Então o rei disse que o dragão podia casar com a sua filha. O dragão, todo contente, disse que passado uma semana iria voltar para reclamar a sua noiva.
Depois de o dragão se ter ido embora, o rei lembrou-se que era solteiro e que não tinha filhas. El-rei Tadinho aflito mandou chamar a bruxa para lhe dar uma ajudinha. A bruxa pensou, pensou, pensou… e disse que no dia do casamento iria aparecer e iria ler um discurso onde pediria desculpa pela situação. O rei, sem outra alternativa, aceitou.
Finalmente chegou o grande dia e a bruxa apareceu com o discurso onde incluía palavras que a bruxa não conhecia, palavras difíceis, inglesas e algumas que até nem sequer existiam. Mas quando o dragão chegou e olhou para a bruxa levou-a pensando que era a filha do rei. Ou seja o reino agora não tinha bruxa. O rei mandou chamar o conselheiro para pôr um anúncio no jornal.
Passaram-se dois anos a ler cartas com as respostas de bruxas ao anúncio, das quais só foram aprovadas cinco. El-rei Tadinho atendeu quatro e não gostou de nenhuma. Só ficou a faltar uma bruxa, mas El-rei deixou-a para o dia seguinte.
Ao acordar, o rei sentia-se estranho. Mandou chamar a quinta bruxa, que se chamava Riquezas-sua-avó, na esperança que ela o curasse. Riquezas observou o rei e disse que devia ser algum fusível queimado. Desenroscou-lhe a cabeça, mexeu na massa cinzenta, ligou uns fios e voltou a pôr a cabeça em cima do pescoço do rei. O rei estava como novo e a bruxa Riquezas estava contratada.
Passado algum tempo o rei casou-se com ela e tiveram muitos filhos.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Nome: Jacqueline Wilison
Data de nascimento: 17 de Dezembro 1945
Local de nascimento: Beth (Britânia)
Profissão: Editora, jornalista D.C
Algumas obras: “Quero ser uma vedeta famosa”, “Um anjo chamado Vicky”, “Uma Miúda Ousada", “Miúdas à beira de um ataque de nervos”, “Gosto de sair à noite” e “Miúdas Apaixonadas”
Não confio a ninguém os meus segredos
A Tesaure imaginou cruéis torturas para o Terry e escreveu-as no seu “Caderno de Torturas para o Terry”, mas a sua meia-irmã, a Bethani, descobriu e foi contar ao seu pai. Ele ficou tão furioso que tirou o cinto e bateu-lhe, fazendo-lhe um golpe na testa. A sua avó não ficou indiferente e levou Tesaure para ir viver, em sua casa, com a sua filha Loretta e a sua neta Patssy.
É, então, que Tesaure conheceu Índia, uma jovem muito rica, cuja mãe era a famosa estilista Maya Umpton, mas o seu pai que não lhe ligava nenhuma.
Um dia, os pais da Tesaure queriam levá-la para casa. Ela teve de passar o dia todo fora para não a encontrarem. Porém, os pais conseguiram encontrá-la, mas ela fugiu e recorreu à sua amiga Índia que a abrigou no sótão e deu-lhe tudo o que precisava, sem que ninguém desconfiasse. Ela até apareceu nas notícias. Os pais ofereciam recompensa a quem a encontrasse. A polícia acusou o Michel Trapalhão de a ter assassinado.
A Índia prometeu a Tesaure que diria à sua avó que ela estava bem. Mas não conseguiu dizer-lhe, porque a rua estava cheia de polícias. Um dia, a Índia comprou vários presentes, mas quando a Índia chegou ao sótão estava tudo escuro e pensou que a Tesaure tinha ido embora. Mas ela estava lá só que muito encolhidinha. A Índia acabou por ficar com a Tesaure no sótão e desenharam as pessoas mais especiais na parede. A Índia acabou por adormecer com ela.
No dia seguinte, a avó da Tesaure, foi a escola perguntar à Índia onde é que a sua neta estava. A Índia acabou por lhe contar e ambas foram vê-la. A Tesaure ficou muito contente por ver a sua avó. Ela, inicialmente, não queria ir para casa, mas acabou por aceitar.
A Tesaure, a Loretta, a Patssy e a avó da Tesaure viveram felizes na sua casa. A mãe da Tesaure e o Terry ficaram em sua casa, e de vez em quando iam visitar a Tesaure.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
A Noite dos Animais Inventados
Era de noite e Jonas não conseguia dormir. Ao seu lado dormiam Jeremias, Jacinto e Jaime, seus irmãos.
Jonas sentia arrepios nas costas porque o quarto estava escuro, via sombras em todo o lado e o silêncio era muito. Tapou a cabeça e tentou pensar em coisas boas, pensou nos berlindes coloridos, barcos à vela, na história da “Corrida dos Carros mais louca do Mundo” e na Quinta da avó. Dentro da quinta da avó, imaginava-a a cozer uma manta, o avô tirando o leite da vaca e as galinhas a correr.
Quando pensou nas galinhas sorriu, pensou como era bom ter ali uma galinha para não ter medo. Inventou uma galinha e o seu medo desfez-se em papelinhos de muitas cores e Jonas tapou a cabeça. A sua galinha usava a madeira da cama como poleiro e olhava-o fascinada, parecia real e Jonas gatinhou em cima da manda devagar para não espantar a galinha, fez-lhe uma festa nas penas.
A galinha cacarejou e acordou Jeremias. Este perguntou ao irmão, o que estava a fazer e Jonas contou-lhe. Jeremias viu a galinha e disse a Jonas que quando não tinha sono inventava leopardos. Jonas achou perigoso mas Jeremias disse-lhe que este leopardo era amigo e inventou um para o irmão ver.
Passado alguns segundos o leopardo apareceu e depois viu a galinha, saltou da cama de Jeremias para a cama de Jonas a trás da galinha, mas ela começou a voar.
Com este barulho acordaram os gémeos, Jacinto e Jaime. Jacinto viu a galinha e Jaime o leopardo e decidiram competir para ver quem era o mais imaginativo.
Enfiaram-se nos lençóis, Jacinto inventou uma avestruz e Jaime um camelo, a avestruz assustou-se e enfiou a cabeça num chinelo e o camelo comeu a alcatifa. Jonas queria acender a luz mas os gémeos não deixaram e enfiaram-se na manta. Quando saíram apareceram muitos pirilampos. Jeremias teve pena da galinha fugitiva e meteu-se na manta.
Quando saiu havia um elefante na sua cama e a galinha voou para cima da tromba dele e o leopardo já não a apanhou. Jonas estava contente e voltou a imaginar, desta vez inventou uma tartaruga enquanto que os gémeos imaginaram uma matilha de lobos.
O tempo foi passando e já era quase manhã, havia um tigre, morcegos, uma borboleta, um urso, uma vaca, um casal de porcos, um cão, um gato e ratos. Era uma confusão, havia ainda lagartixas, bichos-de-conta, formigas, papagaios.
Jaime e Jacinto disputavam, Jacinto criou uma zebra e os gémeos criaram um pónei, um rinoceronte, um pavão e uma girafa. Jaime decidiu inventar o melhor animal, colossal dinossauro grande, que enchia o quarto. Jaime tentou fazê-lo desaparecer mas não conseguiu.
Neste momento o sol nasceu e as crianças não sabiam que fazer, antes de o pai e a mãe chegarem. Mas Jonas teve uma ideia, criar uma floresta para meter os bichos e todos começaram a imaginar.
Depois da floresta imaginaram criaram um comboio e uma estação no quarto. Como já não havia mais espaço a estação ficou no armário, tinha carruagens e maquinista.
Jonas agradeceu a companhia e quando a mãe e o pai apareceram para os acordar desapareceu a última carruagem.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
O Tesouro dos Maruxinhos
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
A Árvore
Indicações bibliográficas da obra
Título- “A Árvore”
Autora- Sophia de Mello Breyner Andresen
Ilustradora- Teresa Olazabal Cabral
Editora- Figueirinhas
O livro “A Árvore” tem dois contos: “A Árvore” e “O espelho ou retrato-vivo”. Depois de ler a obra resolvi apresentar o resumo do último.
O espelho ou o retrato-vivo
Em tempos muito antigos viviam numa aldeia do Japão um casal que vivia feliz. Tinham uma filha pequenina e muito bonita que era o retrato vivo da sua mãe.
Moravam os três numa casa muito limpa e bonita. E aquele homem e aquela mulher queriam viver no sossego daquela casa com a filha.
Mas um dia o pai, que era negociante de chá, teve de ir a Kioto, capital do Japão, tratar de uns negócios. A mulher tinha muito medo que o marido fosse assaltado, ou adoecesse, sozinho numa terra desconhecida, ou até que se perdesse no caminho, pois kioto era muito longe. As viagens eram difíceis, demoradas e perigosas.
Entre quatro meses esse homem esteve ausente.
A mulher contava as semanas e os dias um a um. Até que um certo dia no fim da tarde, um vizinho bateu à porta.
E disse que lá num monte alto tinha visto o homem, o qual tinha estado a trabalhar nos 4 meses passados. Foi tanta alegria quando o homem apareceu à porta, até bateram palmas.
O homem trouxe bastantes presentes para a mulher e para a filha. Depois a menina foi-se deitar, e o homem ainda deu um outro presente à mulher, a mulher ficou curiosa.
O homem trouxe um espelho para a mulher, uma coisa nada conhecida naquela zona, a mulher, espantada, ficou muda, olhando para o espelho.
A mulher não entendeu aquilo como um espelho, mas sim como um retrato vivo, a mulher ficou maravilhada e nos dias seguintes não pensou noutra coisa se não no espelho. Depois guardou o espelho e nunca mais se viu nele.
À medida que a filha ia crescendo ia-se tornando cada vez mais parecida com a mãe. Mas, quando ela já tinha 15 anos, a mãe adoeceu e ninguém a conseguia curar.
A mãe já estava a pensar que ia morrer e resolveu contar à filha do espelho, ela disse à filha que quando morresse, para abrir a caixa e vê-la. Mas disse também que era um segredo para não revelar.
A mãe morreu e a casa ficou silenciosa e vazia!
Depois a rapariga lembrou-se do que a mãe lhe tinha dito e foi buscar o espelho, o rosto de sua mãe surgiu à sua frente. Ela sorriu e o espelho sorriu também, mas não era o rosto de sua mãe nos últimos tempos, era a mãe jovem e linda na sua infância.
Uma noite o pai estava a passear na varanda e da janela conseguiu ver a filha a olhar para o espelho que ele tinha dado à sua mulher uns tempos antes de morrer.
O pai entrou no quarto da filha e a filha explicou-lhe tudo. Levaram ali a noite.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Noites no Sótão
Título – Noites no Sótão;
Autor – Maria Teresa Maia Gonzalez;
Ilustrador – Nuno Fonseca;
Colecção – Profissão: Adolescente;
Volume – Nº 15;
Editora – Difel.
Noites no sótão
O livro que eu escolhi fala de um jovem de 18 anos, ele é bonito, atraente e desportivo.
Quando o Dinis era criança passava muito tempo no sótão da sua casa, porque o seu pai era “bêbado” e, por vezes batia na mulher e nos filhos. No sótão, ele deixou muitas lágrimas e mágoas da sua vida.
Nos momentos difíceis Dinis contou com a ajuda de muitos amigos, um dos quais, o Duarte, acaba por o ajudar, quando um dia o pai veio do café bêbado e bateu na mulher e nos filhos, partindo o maxilar inferior da mãe com um murro e ao filho, o Tó Bé, provocou várias nódoas negras.
O Dinis revoltado com toda aquela situação, decidiu colocar o seu pai em tribunal.
A mãe dele, com o medo que tinha do marido acabou negando o que tinha acontecido.
Foram acontecendo várias cenas de violência, até que os avós maternos disseram que a família, excepto o pai, iriam para casa deles, que ficava em Alverca.
A partir daí o Dinis começou a trabalhar e a conciliar os estudos.
Os avós compraram-lhes uma casa e, com dinheiro que o Dinis ganhava e a mãe conseguiam pagar as despesas.
Finalmente a mãe decidiu divorciar-se do marido e o Dinis conseguiu viver em paz com uma namorada, a Maria, uma rapariga meiga e adorável.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Vem aí o Zé das Moscas
O Zé das Moscas andava sempre com as moscas atrás dele a zumbirem. Zzzzzz, zzzzz... e já não podia mais! Um dia, decidiu que tinha de resolver o seu problema e lá foi ele à procura da cura.
Foi falar com várias pessoas importantes na sociedade: o médico, o comandante da polícia, o advogado e o veterinário, mas nenhum destes o conseguiu ajudar, pelo contrário parecia que até se riam dele, em vez de o tentarem ajudar a encontrar uma solução para o problema dos zumbidos.
O veterinário disse-lhe para procurar a ajuda do juiz da cidade. Podia ser que ele lhe resolvesse o problema. Quando chegou ao pé do juiz, explicou-lhe a situação, mas este já sabia o que se passava, pois tinha acabado de almoçar com as pessoas a quem o Zé já tinha recorrido, e que o informaram de tudo.
O juiz aconselhou-o a matar as moscas e passou-lhe até uma licença, onde o autorizava a matá-las, uma vez que não se deve fazer isso, pois isso é um crime e pode-se ir preso.
O Zé das Moscas ouvia sempre o que as outras pessoas diziam e aconselhavam e fez o que o juiz lhe disse. Assim, como viu uma mosca em cima da cabeça do juiz, matou-a. Acabou por deixar o juiz a ouvir os zumbidos e ele curou-se.
Resumo elaborado por Luís Caetano 6ºB
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Sherazade e o rei Shahryar
Ficou tão zangado que todos os dias, Shahryar casava-se com uma bela e jovem mulher e, no dia seguinte, mandava-a decapitar.
Shahryar também casou com Sherazade, a lindíssima filha do vizir.
Decidida a não morrer às mãos do rei, Sherazade fez um plano para se manter viva e escapar à execução.
Assim, na noite de núpcias, Sherazade contou uma intrigante e apaixonante história ao rei.
Mas o amanhecer chegou sem que ela tivesse acabado de contar a história e, como esta se encontrava no seu apogeu, o rei decidiu esperar pela noite seguinte para saber o desfecho.
Acontece que, na noite seguinte, Sherazade terminou de contar a história. Mas rapidamente encadeou nessa uma outra história ainda mais fascinante.
E assim, noite após noite, Sherazade contava todas as histórias que conseguia inventar e, quando o Sol anunciava o nascer de um novo dia, ela terminava o seu relato, mas sempre de forma a manter o rei interessado na noite seguinte.
Mil e uma noites correram, cada uma com uma história diferente. Quando Sherazade esgotou a sua fonte de imaginação, já o rei Shahryar se tinha apaixonado por ela.
E assim viveram felizes pelo resto das suas vidas.
Foi desta forma que nasceram as histórias das Mil e Uma Noites...
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
As orelhas do abade
- Fuja, senhor abade, que o meu homem jurou que lhe havia de cortar as orelhas, e isto das perdizes foi um pretexto para cá o pilhar.
O abade não quis ouvir mais, e ele por aqui me sirvo.
O marido chega, e diz-lhe a mulher:
- O abade aí veio, viu as perdizes, e não queria esperar mais por ti, pegou nelas ambas e foi-se embora.
O homem vem à porta da rua, e ainda vê o abade fugindo, e começa a gritar:
- Ó senhor abade! Pelo menos deixe-me uma.
- Nem uma, nem duas! - respondeu ele lá de longe.
Teófilo Braga
terça-feira, 18 de novembro de 2008
O Milagre das Rosas- Desafio
Um dia, o rei decidiu surpreender a rainha numa das suas habituais caminhadas para distribuir esmolas e pão aos necessitados. Reparou que ela procurava disfarçar o que levava no regaço. D. Dinis perguntou à rainha onde ia e ela respondeu que se dirigia ao mosteiro para ornamentar os altares. Não satisfeito com a resposta, o rei mostrou curiosidade sobre o que ela levava no regaço. Após alguns momentos de atrapalhação, D. Isabel respondeu: "São rosas, meu senhor!". Desconfiado, o rei acusou-a de estar a mentir, uma vez que não era possível haver rosas em Janeiro. Obrigou-a, então, a abrir o manto e revelar o que estava lá escondido. A rainha Isabel mostrou, perante os olhos espantados de todos, as belíssimas rosas que guardava no regaço. Por milagre, o pão que levava escondido tinha-se transformado em rosas. O rei ficou sem palavras e acabou por pedir perdão à rainha que prosseguiu com a sua intenção.
A notícia do milagre correu a cidade de Coimbra e o povo proclamou santa a rainha Isabel de Portugal.
Olá meus amiguinhos!
O desafio desta semana consiste em ler atentamente a lenda "O milagre das Rosas" e fazer uma ilustração para a mesma. Entrega-a à professora Rita Batista ou faz o teu desenho, digitaliza-o e envia-o por mail para
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Lenda do Galo de Barcelos
Conta a lenda que todos andavam muito assustados em Barcelos por causa de um crime que lá se tinha passado. É que o criminoso ainda não tinha sido descoberto e isso deixava as pessoas com medo.
Certo dia, apareceu na zona um galego (espanhol da região da Galiza) que passou logo a ser o principal suspeito. As autoridades acharam que era ele o culpado pelo crime e prenderam-no.
O galego defendeu-se, dizendo que ia a caminho de Santiago de Compostela para pagar uma promessa, mas ninguém acreditou nele...
Com toda a gente contra o galego, e ele sem poder provar que estava inocente, acabou por ser condenado à forca.
Como última vontade, o galego pediu que o levassem até ao juiz que o tinha condenado. Quando o galego chegou a casa do juiz, ele estava a deliciar-se com os amigos com um grande banquete. Voltou a dizer que estava inocente, mas, mais uma vez, ninguém acreditou nele...
Então, o condenado reparou num galo assado que estava numa travessa na mesa, prontinho para ser comido, e disse:- É tão certo eu estar inocente como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.
Todos se riram da afirmação do homem mas, mesmo assim, resolveram não comer o galo.Mas, quando chegou a hora de enforcarem o galego, na casa do juiz o galo assado levantou-se e cantou.
Afinal, o homem estava mesmo inocente!
O juiz correu até ao sítio onde ele estava prestes a ser enforcado e mandou soltá-lo imediatamente.
Passados alguns anos, o galego voltou a Barcelos e mandou construir um monumento em louvor à Virgem e a São Tiago para lhes mostrar o seu reconhecimento.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
E um dia aconteceu...
No reino da Pasmaceira nada acontecia.
As pessoas faziam todas os mesmos gestos, as mesmas expressões, tinham os mesmos sorrisos, num hábito sonolento e mole. O Rei dava sempre as mesmas audiências, as mesmas ordens aos mesmos ministros, que as aceitavam em reverências servis, sempre iguais, sempre as mesmas.
A certa altura começaram a acontecer coisas extraordinárias. Foi como que uma lufada de ar fresco, que agitou tudo e todos.
Apareceu uma mosca pintada no imponente nariz do retrato de Senhor Comendador, o que surpreendeu e escandalizou toda a gente.
O capachinho do boticário, por vezes levantava e baixava como um chapéu, cumprimentando para a direita e para a esquerda, perante a aflição do pobre homem, que não sabia como sair de tal situação, enquanto os que por ele passavam, riam a bom rir.
No coro da igreja, a Elsinha desafinou várias vezes, ela que tinha sempre a voz tão afinadinha!...
No açucareiro do sapateiro, em vez de açúcar apareceu sal!...
Quem seria, quem não seria, toda a gente andava intrigada e desejosa de descobrir o autor das proezas, mas por mais esforços que fizesse, nada conseguia.
Com todos estas situações imprevistas, o interesse geral pelo desenrolar dos acontecimentos era cada vez maior e as pessoas, quando se encontravam nas ruas comentavam esses estranhos acontecimentos.
Chegaram a marcar reuniões para se discutir o que tinha acontecido e o que poderia talvez vir a acontecer.
As crianças nas suas brincadeiras, tentavam imitar essas “partidas”, o que lhes dava mais vivacidade.
Um dia, o rei encontrou um rato no sapato. Deu-lhe um pontapé e, os criados ao verem o bicho às cambalhotas no ar fugiram atrapalhados, receando que lhes caísse em cima, enquanto os ministros, que esperavam para serem recebidos, riam a bom rir...
E foi a vez de o rei soltar sonoras gargalhadas.
A que se devia, afinal, esta transformação radical no reino da Pasmaceira?
Um mini duende, pequenino como uma abelhinha, tinha resolvido fazer das suas...
E enquanto, o rei mandava decretar que a partir desse dia o reino passaria a chamar-se Reino da Alegria ela, escondida entre as pétalas duma rosinha, ria, ria, ria...
Renata Gil
In Boletim Cultural da Fundação Calouste Gulbenkian
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
A avó Cremilde
E é sempre uma surpresa, uma linda surpresa, o que surge das mãos da avó Cremilde. Porque nunca se vê o trabalho antes de terminar e as medidas estão sempre certas. Nem grandes demais, nem pequenas. Tudo exactamente como é preciso.
De todos estes trabalhos sobram novelinhos que a avó Cremilde guarda na caixa de sapatos, muito apertadinhos uns contra os outros, por serem tantos já.
E os netos da avó Cremilde e os pais deles sentem-se felizes, vestidos com abafos de lã feitos por ela.
Quem não se sente lá muito contente são os restos de lã. Eles todos, que tinham julgado ir fazer parte das blusas, das camisolas, dos gorros, das luvas, das mantas e das botas, encontram-se ali tristes, guardados.
Cada vez chegam mais pequenos novelos. Pretos, cinzentos, vermelhos, rosa, cremes, laranja, roxos...
Cada vez que a tampa se ergue, eles ficam à espera, à espera de sair da caixa; mas é sempre mais um pequeno novelo que vai cair no meio deles. São já tantos que a avó Cremilde tem de os apertar bem apertadinhos...
Um dia, a caixa sentiu que tampa era levantada uma vez mais.
Os novelos já não se interessaram. Devia ser mais um a vir fazer-lhes companhia.
Mas ouviram uma voz de criança exclamar:
- Tantos, tantos, avó, parece o arco-íris...
E calou-se. A avó Cremilde ficou a olhar os pequenos novelos. A olhar, muito calada.
A Inês disse:
- Que foi, avó?
- Nada, minha querida, vai brincar; a avó já vai.
A Inês saiu a correr. A avó Cremilde ficou a olhar, a olhar os novelos. Depois riu-se.
Pegou na caixa destapada. Os novelos, sem perceberem nada, sentiram-se despejados sobre a mesa da sala de costura. A avó Cremilde já tinha ali à mão as suas queridas agulhas.
Escolheu, escolheu as cores, os tamanhos e colocou-os todos arrumadinhos, lá numa ordem que só ela sabia para que servia. E desatou a trabalhar.
Trabalhou toda a tarde e em outras tardes. O que ela estava a fazer, ninguém sabia, como sempre.
Mas, no outro fim-de-semana, quando a Inês voltou a casa da avó e pediu: “Eu queria ver outra vez a caixa das lãs que parecia o arco-íris...”, a avó Cremilde mostrou-lhe a caixa vazia, mas mostrou-lhe também uma boina, um casaquinho e umas luvas de muitas e bonitas cores bem combinadas.
- Oh, avó, tão lindo!...
A Inês, mesmo com cinco anos, compreendeu. Viu que o arco-íris de lã passara da caixa para a boina, o casaco e as luvas.
E, quando a avó lhe disse que aquilo era para ela, ficou tão contente que beijou muitas vezes o rosto engelhado e feliz da avó Cremilde.
Mas, contentes, muito mais contentes que a Inês e a avó, estavam todos os restos de lã por terem saído da caixa de sapatos e se sentirem úteis, transformados naquela boina, naquele casaco e naquelas luvas realmente tão alegres e bonitas, parecendo o arco-íris, tal como, uma semana antes, a Inês afirmara.
Margarida Ofélia,
História de Uma História e Outras
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Lenda-A Padeira de Aljubarrota
O dia 14 de Agosto de 1385 amanheceu com os primeiros clamores da batalha de Aljubarrota e Brites não conseguiu resistir ao apelo da sua natureza. Pegou na primeira arma que achou e juntou-se ao exército português que naquele dia derrotou o invasor castelhano. Chegando a casa cansada mas satisfeita, despertou-a um estranho ruído: dentro do forno estavam sete castelhanos escondidos. Brites pegou na sua pá de padeira e matou-os logo ali. Tomada de zelo nacionalista, liderou um grupo de mulheres que perseguiram os fugitivos castelhanos que ainda se escondiam pelas redondezas. Conta a história que Brites acabou os seus dias em paz junto do seu lavrador mas a memória dos seus feitos heróicos ficou para sempre como símbolo da independência de Portugal. A pá foi religiosamente guardada como estandarte de Aljubarrota por muitos séculos, fazendo parte da procissão do 14 de Agosto.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Lenda Árabe
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
O Cacete Mágico
Há muitos anos, um pai mandou o filho correr o mundo para ter dinheiro porque eles eram pobres.
O menino foi ter a casa de um carpinteiro e aí começou a trabalhar.
O rapaz ficou lá a trabalhar uns tempos.
O menino teve saudades do pai e quis voltar para casa.
O carpinteiro deu-lhe uma mesa mágica.
O menino viu que era uma longa viagem e resolveu dormir numa estalagem.
Quando o menino chegou à estalagem, mostrou a mesa mágica a toda a gente.
Entretanto, ele foi dormir e o homem da estalagem trocou a mesa mágica por outra mesa semelhante.
Passado algum tempo, o rapaz chegou a casa e deu muitos beijinhos e abraços ao seu pai.
O rapaz ia tão feliz para mostrar a mesa e as maravilhas que ela fazia.
Ele estava muito entusiasmado e disse muitas e muitas vezes as palavras mágicas mas a mesa nunca dava nada.
Então, ele decidiu pedir auxílio ao carpinteiro.
Algum tempo depois o rapaz chegou ao seu local de trabalho.
Aí, ele contou ao carpinteiro tudo o que lhe tinha acontecido.
O carpinteiro deu-lhe um saco roxo e disse:
-Só abres o saco na estalagem.
Saindo da casa do carpinteiro, o rapaz andou muito até ficar cansado e decidiu ir dormir na estalagem.
O rapaz foi tomar uma bela banhoca à casa de banho da estalagem. Depois de se lavar, foi lavar os dentes.
Todo contente, foi para a sua bela caminha vestir o seu pijama com bonequinhos e deitou-se.
Passado um tempinho, ele adormeceu.
Assim que ele adormeceu, o senhor da estalagem entrou muito silencioso para o quarto.
A seguir, ele pensou que no saquito roxo, havia grandes riquezas.
Abriu o saco e saiu de lá um cacete mágico que lhe bateu.
O rapazinho acordou e deu conta de tudo.
O senhor da estalagem, sem hesitar, contou a verdade:
-Há dias troquei a tua mesa por a minha porque a tua fazia- me comida com a sua magia e agora abri o saco roxo, de lá saiu um cacete.
Depois, o rapaz voltou para casa com a sua mesa mágica.
E trouxe o cacete mágico dentro do saco roxo.
O pai do menino que era alfaiate, com o dinheiro que ele gastava para comprar a comida, agora seria para outras coisas e quando fosse preciso comida o rapaz dizia as palavras mágicas e a mesa enchia-se de iguarias.
Depois de leres o conto, copia este link
e joga.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
O LOBO, A CABRA E OS SETE CABRITOS
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Resposta ao desafio desta semana
Parabéns Luís!!!! Continua a participar.
Diálogo com:
Sr.Correia e a sua esposa
-Está? És tu, Susana?
-Sou eu mesmo? Que há?
- Nada, é só para saber se queres ir esta noite ao Tivoli.
-Dizem que o filme é muito bom. Estás interessada?
-Se estou... Acho que tiveste uma óptima ideia. Oxalá arranjes bilhetes.
-Penso que sim, é segunda-feira...
-Tens razão, normalmente às segundas- feiras há pouca gente.
-Está pronta às 8.
-Está descansado. Estarei pronta.
-Então, até logo.
-Até logo, querido.
Diálogo com:
Mário e Carlos
- Está?
-O Carlos está?
-Está sim. - Quem fala?
-Sou eu, o Mário. Como vai isso?
-Óptimo! -E tu que tens feito?
-Tenho andado com muito trabalho esta semana. Tive um ponto de Português e outro de Matemática.
-Então talvez agora nos pudéssemos encontrar.
-Claro. Podia lá faltar!
-É por isso que te telefono. Amanhã vem cá o António e o Diogo e gostava que tu viesses também.
- Pode ser?
-Está óptimo. Saio da escola às 3.
-Vai ser uma tarde bem passada. Tirei umas fotografias para um trabalho de Ciências e gostava de ouvir a tua opinião. A que horas podes vir?
-Por volta das 4 horas. Está bem?
-Então está combinado. Até amanhã, Mário.
-Até amanhã, Carlos. Cá te espero às 4.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Cruzamento de linhas
O Mário marcou, pelo telefone, um encontro com o Carlos.
O Sr. Correia, pelo mesmo meio de comunicação, propôs à mulher uma ida ao cinema. Aconteceu porém que as linhas se cruzaram...
Procura reconstruir os diálogos
Envia a tua proposta para cleitura@mail.com
Ficamos à espera da tua participação.
-Está?
-Está? És tu, Susana?
-O Carlos está?
-Está sim. Que há?
-Sou eu mesmo. Quem fala?
-Nada, é só para saber se queres ir esta noite ao Tivoli.
-Dizem que o filme é muito bom. Estás interessada?
-Sou eu, o Mário. Como vai isso?
-Se estou... Acho que tiveste uma óptima ideia. Oxalá arranjes bilhetes.
-Óptimo! E tu que tens feito?
-Penso que sim, é segunda-feira...
-Então talvez agora nos pudéssemos encontrar.
-Tens razão, normalmente às segundas- feiras há pouca gente.
-Tenho andado com muito trabalho esta semana. Tive um ponto de Português e outro de Matemática.
-Está pronta às 8.
-Claro. Podia lá faltar!
-É por isso que te telefono. Amanhã vem cá o António e o Diogo e gostava que tu viesses também.
- Pode ser?
-Está descansado. Estarei pronta.
-Por volta das 4 horas. Está bem?
-Então até logo.
-Até amanhã.
-Está óptimo. Saio da escola às 3.
-Vai ser uma tarde bem passada. Tirei umas fotografias para um trabalho de Ciências e gostava de
ouvir a tua opinião. A que horas podes vir?
-Então está combinado. Até amanhã, Mário.
-Até logo, querido.
-Até amanhã, Carlos. Cá te espero às 4.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
A Família dos Ds
Dina é o nome da minha tia. Domingos é o nome do meu tio, irmão do meu pai que se chama Dimas. Tenho um avô Diogo e uma avó Dilar. A minha mãe chama-se Débora e os pais da minha mãe chamam-se Duarte e Diolinda. Mas há mais: há a minha prima Daniela, a tia Denise, casada com o doutor Dias, as minhas primas Dalila e Diana e a minha irmã Dália, que ainda é muito pequenina para saber o nome. Quem assim fala dos seus parentes, todos da distinta família dos Ds grandes, é o D ainda pequeno – Chamo-me Dinis -diz ele - era para ser Carlos, calculem! Mas o meu avô Diogo, quando isto ouviu, segredou ao meu tio Dias e o meu tio Dias segredou à minha prima Dalila e a minha prima Dalila segredou ao meu tio Domingos que deu um encontrão ao meu pai que se preparava para escrever Carlos no livro de registo, e disse-lhe em voz alta “Carlos é com C. O rapaz tem de ter um nome começado por D, ou já te esqueceste?” O meu pai ficou muito corado e então escreveu por cima “Dinis”. E Dinis fiquei.
Sou do Douro, mas podia ter nascido num distrito qualquer ou na Dinamarca, quem sabe… Ainda gostava de lá ir um dia.
Diogo Santos
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
A galinha Ruiva
A galinha ruiva achou umas espigas de trigo.
Ela chamou o gato. Ela chamou o ganso. Ela chamou o
porco.
A galinha ruiva disse:
– Quem me ajuda a semear o trigo?
– Eu não – disse o gato.
– Eu não – disse o ganso.
– Eu não – disse o porco.
– Então semeio eu o trigo – disse a galinha ruiva.
E a galinha ruiva semeou o trigo.
O trigo cresceu.
A galinha ruiva disse:
– Quem me ajuda a ceifar o trigo?
– Eu não – disse o gato.
– Eu não – disse o ganso.
– Eu não – disse o porco.
– Então ceifo eu o trigo – disse a galinha ruiva.
E a galinha ruiva ceifou o trigo e levou-o para o moinho.
Depois de ter já o trigo moído e feito em boa farinha, a galinha ruiva disse:
– Quem me ajuda a fazer o pão?
– Eu não – disse o gato.
– Eu não – disse o ganso.
– Eu não – disse o porco.
– Então faço eu o pão – disse a galinha ruiva.
E a galinha ruiva amassou o pão, que ficou muito bem amassado, e cozeu-o no forno, muito bem cozido.
– Quem me ajuda a comer o pão?
O gato disse:
– Miau! Miau! Miau! Quero eu, quero eu, quero eu.
O ganso disse:
– Quá! Quá! Quá! Quero eu, quero eu, quero eu!
O porco disse.
– Gurnin! Gurnin! Gurnin! Quero eu, quero eu, quero
eu!
A galinha ruiva disse:
– Vocês não me ajudaram a semear o trigo. Vocês não me ajudaram a ceifar o trigo. Vocês não me ajudaram a fazer o pão. Pois então vocês não me ajudarão a comer o pão. Os meus pintainhos comerão o pão.
E a galinha ruiva e os pintainhos comeram o pão.
Quem não trabuca não manduca.
Está contada a história. Está dada a lição.
António Torrado, A Galinha Ruiva, Editora Verbo